quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Resenha Crítica do filme "Tropa de Elite"


 Bom dia pessoal! Segue mais uma produção textual que merece a nossa atenção. A resenha do filme "Tropa de Elite" foi escrita por Antonio Candeia, aluno da Turma 1 - noite.

Tropa de Elite
Por Antonio Candeia

O filme “Tropa de Elite” é uma obra que descreve fatos ocorridos na Segurança Pública do Rio de Janeiro na década de 90, ocasião que o Papa João Paulo II visitou a capital carioca. Segundo o diretor e roteirista do filme, José Padilha, todo enredo está baseado em fatos narrados por policiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro, versão esta contestada pelo poder público.
“Tropa de Elite” tem uma narrativa intensa, acompanhada de um linguajar ‘chulo’ e pesado, comum tanto aos policiais quanto aos traficantes. O cenário principal são os morros cariocas, com uma trilha sonora que vai do rock comportado do R.E.M, passando pelos Titãs e chegando ao rap e ao funk criminal das favelas dominadas pelo tráfico. Com maestria, o diretor encaixa a parte ficcional do filme ao seu personagem central, o Capitão Nascimento, interpretado por Wagner Moura, numa brilhante atuação.
O referido Capitão é um policial honesto, competente e linha dura, mas que vive um dilema: prestes a ser pai e enfrentando a pressão da esposa para deixar a Polícia, ele precisa encontrar alguém para substituí-lo no Batalhão de Operações Especiais – BOPE. Contudo, encontrar alguém à sua altura parece uma missão quase impossível.
O filme expõe a corrupção na polícia carioca de forma crítica e violenta, mas também mostra a hipocrisia da sociedade que critica a violência policial e ao mesmo tempo fomenta a violência consumindo drogas e alimentando o tráfico.
 “Tropa de Elite” assusta e é extremamente violento, mescla ficção e realidade, na qual esta última se mostra  dura e cruel e que infelizmente não está restrita ao Rio de Janeiro, é uma mazela nacional. Apesar do clima pesado, o filme nos dar esperanças, pois nos faz crer que ainda existem policiais sérios e honestos que morrem e matam defendendo a lei, a justiça, a sociedade. Do contrário, o crime já teria dominado a tudo e a todos. 

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